21 de dez. de 2010

27 PASSOS PARA TRANSFORMAR UMA IGREJA EM UM IMPÉRIO



1. Endureça o coração. Seja indiferente com apelos de mães, missionários e pastores em crise ou em dificuldades. O sofrimento deles não é problema seu. Provavelmente ninguém se importou com você quando você sofreu, por que você



2. Seja obstinado. Não deixe ministros, profetas, amigos, colegas, ou qualquer outro a convencê-lo a desistir do seu império.



3. Priorize as coisas. Entre coisas e pessoas fique com as coisas.



4. Valorize os números. Não importa quem saiu ou quem entrou, o importante é o saldo.



5. Fale as massas. Não perca tempo com indivíduos, fale a auditórios, trabalhe no atacado.



6. Invista em mídia. A mídia enche os olhos, os olhos alimentam corações, corações movem bolsos.



7. Ignore críticas. Mantenha-se surdo quando for criticado, faça ouvido de mercador, rotule os críticos como invejosos.



8. Esconda vulnerabilidades. Convença a todos que tanto você como sua instituição não tem problemas, convença aos outros que você não se irrita, que não perde a paciência e que tem tudo sobre controle.



9. Ridicularize os reflexivos. Faça pouco caso de intelectuais, pessoas que estudam e os que são capazes de análises profundas, de modo geral eles são pouco influentes com as massas.



10. Dissimule suas intenções. Nunca, nunca, nunca mesmo deixe os outros descobrirem as suas verdadeiras intenções de formar o seu império eclesiástico. A sua carteira de clientes você chamará de ovelhas, a sua mão de obra barata, você chamará de voluntários, os seus empregados você denominará vocacionados. O que importa é a aparência.



11. Domine a linguagem religiosa. Conheça, use e abuse da linguagem religiosa e dos jargões religiosos.



12. Ofereça entretenimento. Mantenha o povo devidamente entretido com programas que enchem os seus olhos e impressionam os seus sentidos. A música ajuda demais.



13. Mantenha o controle. Sob hipótese alguma permita que o poder que você exerce seja dividido com qualquer pessoa. Não participe de associações, alianças ou entidades que você não possa dar a última palavra. Quanto menos pessoas acessarem os balanços financeiros menos problema você terá na sua escalada de poder.



14. Cerque-se de limitados. Observe sua equipe, cuide para que somente você brilhe, verifique que a sua equipe é composta de pessoas medíocres e que nunca o ameaçarão. Remova os talentosos, não deixe nenhum ameaçador por perto.



15. Invista na estrutura. As paredes e os equipamentos são mais importantes do que os valores, o conforto impressiona mais do que o cuidado. Entre estrutura e pastoreio as pessoas escolherão estrutura.



16. Atente-se para as necessidades. Observe as necessidades do povo e então ofereça o que eles querem, mesmo que você não seja capaz de entregar ofereça. Terá se passado muito tempo entre o momento em que eles aderirem e o dia em que descobrirem que você não tem o produto, nesse período o seu império estará consolidado.



17. Seja místico. O misticismo é vital para atrair pessoas desesperadas e inseguras, ele é capaz de escravizar e cegar. Depois de anos de escravidão no misticismo, a libertação é quase improvável e às vezes impossível. Mais uma vez a música ajuda. Música e misticismo. Manipulação certa.



18. Aparente ética. Faça com que todos acreditem que você é uma ilha de ética em um mar de iniqüidade. Abuse do discurso ético, mesmo que suas práticas não sejam condizentes. Discursos éticos impressionam e são fáceis de serem feitos.



19. Faça caridade. Embora sua preocupação seja outra, não deixe de fazer alguma caridade, faz bem para imagem. Não se esqueça do marketing. Caridade sem propaganda é desperdício.



20. Ria e chore. O sorriso convence as pessoas que você é simpático, o chore convence que você é sensível. Você não deve ser nada disso, contudo as pessoas devem pensar que é.



21. Opte pelos ricos. Não adiante você ter muita gente sobre seu controle se essas pessoas não terem dinheiro no bolso. Atletas, artistas, mesmo os decadentes.



22. Remunere os liderados diretos. A melhor maneira de conquistar fidelidade incondicional e através da dependência financeira, isso é conseguido através de remuneração aos seus liderados diretos, em pouco tempo eles estarão incapacitados para o retorno do mercado de trabalho. Mas atenção! Garante que você tenha o poder de admissão e demissão.



23. Evite aproximações. Mantenha uma distancia segura entre você e seus liderados, suas relações devem ser profissionais. Lembre-se, imperadores não tem amigos, apenas súditos.



24. Negue sempre. Negue que você quer montar um império Ainda que os indícios sejam fortes e as desconfianças tenham procedência. Negue, negue sempre, maior será o número dos que crerão em você do que os que crerão nos que te acusam. Alegue perseguição de recalcados com o seu sucesso.



25. Não temas. Há anos que igrejas-impérios têm manipulado gente, lavado dinheiro, enriquecido velhacos, usado pessoas e adoecido a muitos, e nada tem acontecido. Não vai ser com você que vai acontecer.



26. O mais importante.

Manipule, a massa gosta e não se importa, mesmo que você um dia seja descoberto ainda existirão muitos a sua volta, o suficiente para manter a igreja-império por muitos anos e ainda garantir que seu filho, ou genro herde esse empreendimento.



É possível que agindo assim você tenha em meia década algumas centenas ou mesmo milhares de prosélitos, contribuintes, alem do mais importante, pessoas que não se cansarão de massagear seu ego, afinal é para isso que servem os Impérios, ainda que os chamemos de igrejas.

PS. Agora voce deve estar se perguntando. onde está o passo de numero 27? Afinal o titulo fala de 27, e aqui só aparece 26! Bem o 27, é bem simples! Consiste no seguinte: Nao se preocupe em falar a verdade!!!

8 de dez. de 2010

Pior que está pode ficar!!!!

Quando parece que a política brasileira já não tinha mais espaço para reacionarismos, aparecem idéias como as que seguem abaixo.

O pior é que tem liderança evangélica que se sente representada por esse tipo de discurso.
Se você achou que o horário gratuito das eleições de 2010 foi ruim, espere para ver o de 2014!!!!



“...Ele é a favor da pena de morte e da prisão perpétua, promete rever o Bolsa Família, é contra a universidade pública gratuita e quer o seu voto para ser o próximo presidente do Brasil ...”



A poucas semanas do aniversário de 25 anos do fim da ditadura militar que governou o Brasil por duas décadas, o ex-soldado e hoje advogado Mário de Oliveira Filho prepara-se para lançar o programa de governo de sua pré-candidatura à Presidência da República pelo Partido Trabalhista do Brasil, o PTdoB.


O documento de 89 páginas é uma compilação de propostas e conceitos ideológicos polêmicos que, antes mesmo de ser divulgado oficialmente, tem aglutinado em torno do pré-candidato simpatizantes do golpe de 1º de abril de 1964, militares da ativa e da reserva, policiais que tiveram participação direta nos órgãos de repressão e empresários que admiram a história e a capacidade intelectual de Oliveira, um filho de ferroviário que atingiu o auge de sua carreira como executivo da área internacional da Construtora Norberto Odebrecht. Oliveira tem cativado a atenção desse grupo heterogêneo por defender posições marcadamente conservadoras.


Entre suas principais propostas está a implantação imediata da pena de morte, da prisão perpétua, o fim do ensino público gratuito, a extinção das cotas para negros e índios nas universidades federais e a manutenção da jornada de trabalho de 44 horas. “Vivemos uma situação de guerra. Essa alternativa é para acabar já com a violência que tomou conta do País”, diz Oliveira. “Governarei sob o império da lei.”


Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/51785_DIREITA+VOLVER?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage.htm?addCommentary=success&pathImagens=&path=&actualArea=internalPage


Só nos resta aquele velho e batido imperativo cristão, a saber,
“Oremos"

7 de dez. de 2010

Ética. O que é isso?

Nas próximas semanas neste blog estarão sendo postados textos que tratam sobre ética do ponto de vista cristão com forte tendência protestante. Não pretende ser profundos, uma vez que podem ser lido por leigos. Esse é o texto número 1.


Estudar o sentido da vida humana, compreender os fundamentos da obrigação e do dever, entender a natureza do bem e do mal, estimar o valor da consciência moral. Tudo isso é possível através do conhecimento filosófico, essa parte da filosofia que trata sobre isso denomina-se Ética.

Este compartimento da filosofia poderá compreender a ética como sendo o fim para qual a conduta poderá ser orientada, ou elemento motivador para orientar uma conduta. A ética pretende portanto detectar os princípios da uma vida conforme a sabedoria filosófica, ao contrario da moral que pretende construir um conjunto de prescrições. Assim sendo HOUAISS define assim a Ética:
“…parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social…”

Desta forma a ética se concentra em questões que envolvem o correto e o impróprio, bem como a determinação do bem humano. A Ética é o estudo do porquê de serem essas praticas morais ou imorais. O estudo da ética poderá oferecer uma sistematização de orientações que ajudem na busca pela forma correta de agir, isto tanto em situações gerais como especificas.

Enquanto a moral define o que é correto e o que é impróprio, a Ética explica o porquê do correto ser compreendido como correto e não como impróprio.

Bibliografia:
ABBAGNANO. N. Dicionário de Filosofia. São Paulo. Martins Fontes. 2007.
BAELZ, P. Dicionário crítico de Teologia. São Paulo. Paulus-Loyoa. 2004
JAPIASSU, H. MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro. Zahar. 2005
GRENZ, S. T. SMITH, J. T. Dicionário de Ética. São Paulo. Vida. 2005
NORDLING C. F. Dicionário de Teologia. São Paulo. Vida. 2007.

Próxima semana “Ética do Antigo Testamento”

6 de dez. de 2010

Ainda há uma esperança!!



Nem tudo está perdido, ainda há quem pregue o evangelho, sem mistura, puro sem gelo. Abaixo segue o email aberto que um jovem pastor (Pastor segundo Deus, mas que não foi ainda formalmente ordenado) enviou a algumas de suas ovelhas. Neste email podemos verificar um tipo de mensagem totamente comprometida em promover a vivencia de uma vida na graça.
Segue, depois de ler repasse para seus irmãos, amigos e discípulos, esse texto vai abençoar muita gente, só via incomodar mesmo é os manipuaadores.
Eu sinceramente espero que as ovelhas deste jovem ministro absorvam o melhor deste missionários. Tomara que os seus colegas de ministério e de denominação sejam capazes de reconhecer quem com eles tem andado.
Boa leitura!


Por: Airton Quinello Junior ( Juninho).


Todos nós, como discípulos de Jesus Cristo de Nazaré somos seres absolutamente livres. Tudo que fazemos é fruto de escolhas pessoais feitas a luz de nossas próprias consciências submetidas voluntariamente a Jesus Cristo. Paulo, o apóstolo, revela que escolheu se tornar cativo, escravo de Cristo. Paulo escolheu ser cativo.
um seguidor de Jesus de Nazaré não precisa se submeter a nenhum tipo de tirania, despotismo, autoridade espiritual (líder, mentor, mestres, pastor, bispo, apóstolo, patriarca, anjos, demônios, estruturas, instituições, conselhos, presbitérios, juntas...etc.), pois, por ter escolhido submeter-se a Cristo, foi arrancado do reino da escravidão e transportado para o Reino do Filho Amado de Deus que conquistou na Cruz a liberdade absoluta.


Estes discípulos de Jesus de Nazaré por conta disto estão debaixo da cobertura direta de Deus. Há alguma COBERTURA ESPIRITUAL maior e mais eficaz que esta? É por esta razão que o direito de ir ou vir sem qualquer transtorno em encontros onde se reúnam os discípulos de Jesus é, e deve ser levado muito a sério.
 Encontram-se e reúnem-se os que querem por escolha própria e sem nenhum constrangimento. Talvez, também como diz Paulo, o apóstolo, o único constrangimento entre os seguidores de Jesus é o tal CONSTRANGIMENTO AMOROSO. É ir e vir por se sentir amorosamente constrangido com as demais pessoas que se reúnem ao nosso redor, no mesmo espaço físico e, juntamente conosco celebram o Cordeiro que se entregou por nós. A partir deste direito, tudo mais também é feito ou não.

Assim , tambem, CONTRIBUIR ou REPARTIR RECURSOS entre nós é algo absolutamente livre. CONTRIBUIR OU NÃO É UM DIREITO. Por favor, não se sinta constrangido a dar o seu dinheiro a ninguém, por nada, por nenhum motivo, nenhuma barganha, nenhuma ameaça de maldição, nenhuma manipulação, nada mesmo, a não ser, insisto de novo, o CONSTRANGIMENTO CARREGADO DE AMOR que te impulsiona a se repartir e repartir seus recursos. (Gálatas 6.6).


O amor deve ser a única força a nos constranger a qualquer coisa que fazemos ou deixamos de fazer. É assim entre os discípulos de Jesus de Nazaré. Por isso, deve ser assim entre nós. Algumas expressões como "por que não veio" ou "você virá amanhã?", enfim, qualquer pergunta que deixe a pessoa constrangida é absolutamente desnecessária, a menos que expressem real interesse ou preocupação com a vida do irmão (ã), sempre buscando expressar o saudável "Estamos com saudade de você!" principalmente em se tratando daqueles que são novos na fé ou àqueles que não alcançaram maturidade espiritual ainda. Mas, novamente os lembro: estas expressões só devem ser usadas quando de fato refletirem a verdade, pois, o que não queremos é que estas se tornem um tipo de cobrança.


De resto, cada um sabe bem onde deve ir ou como contribuir e participar. Acredito que há uma atuação sobrenatural no encontro dos discípulos de Jesus de Nazaré. Eu creio que nas células e que nas reuniões dos irmãos há plenitude dos dons e os que estão juntos desfrutam desta plenitude, mas, nem mesmo isto é motivo para que alguém seja constrangido a vir, ficar, contribuir, participar ou voltar.


E, claro... isso diz pespeito aos meus e-mails tambem. Não é porque você me deu seu e-mail que é obrigado a ler o que lhe envio. E mais, a qualquer momento você pode solicitar a exclusão do seu e-mail do meu mailing e isto acontecerá sem nenhum constrangimento. É assim que é, foi e sempre será entre nós.
Acredite, apesar de ser o responsável pela organização e estrutura da IBP Taboão da Serra, não é isto que me motiva a ir aos nossos encontros. Até hoje, vou por que quero e que Deus me ajude a ser sincero e dizer que não irei quando não mais quiser ir. Sirvo as pessoas com alegria, embora, claro, vez ou outra sinta-me cansado, mas, mesmo assim, a felicidade por servir é bem maior que o cansaço.

Obrigado por ser, talvez, dos que participam de nossas reuniões e encontros, por nos abençoar com suas orações e por nos encorajar , seja de modo presencial ou espiritual, em tentarmos ser uma comunidade relevante e séria na proclamação do Evangelho em noso bairro e cidade. Sou grato, pois, preciso deste cuidado. Se o Senhor assim quiser, nos encontraremos logo.


Um grande beijo em todos! Com muito amor, e sem nenhum constrangimento, Deus os abençoe!


Fonte: www.jrquinello.wordpress.com

30 de nov. de 2010

Profecia cumprida

O jornalista Hélio Costa pode nao ter agradado como ministro uma vez que os mineiros não o escolheram para ser governador de Minas, contudo como profeta esta aprovado.
Veja essa reportagem do fantastico, foi feita a 30 anos nos EUA,mas parece que foi feita no Brasil semana passada?
Veja se voce nunca foi abordado com apelos como os que aparecem no vídeo?





20 de nov. de 2010

N A M O S C A . . .


Por Antonio José Souza Pinto
Se, ser ministro do evangelho fosse um “bico” de fim de semana, Jesus não o teria denominado de - “o trabalhador da seara”. Mateus 9.37-38.

Se, ser ministro do evangelho, fosse um meio de se enriquecer, Jesus não teria dito, “deixem tudo e sigam-me”. Lucas 18.28.

Se, ser ministro fosse depender dos dízimos da igreja, a obra de Deus já teria cessado.
Se, ser ministro fosse uma “profissão reconhecida” muitos queriam ser.

Se, ser ministro… Fosse de fato percebido segundo os olhos de Deus a sociedade e a própria igreja cairia em si, e viria que não há honorários no mundo que o pague. Mateus 10.10.

fonte: http://www.palavrasionista.blogspot.com/

16 de nov. de 2010

R E L I G I Ã O. O que é isso?


Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.
Tiago 1.26 e 27

A palavra religião aparece 4 vezes na versão Revista e Atualizada, já na Revista e Corrigida de 1969 aparece 3 vezes. Em todos os casos essa palavra aparece no Novo Testamento. Na carta de Tiago em ambas as versões ela aparece 2 vezes, exatamente no capitulo primeiro. Nos dois casos é tradução da palavra grega yrhskeia - threskeia, cuja raiz é o adjetivo threskos que significa 1) temor ou adoração a Deus, 2) tremor. Assim sendo threskeia, a palavra que aparece no original da carta de Tiago é um substantivo feminino que significa 1) adoração religiosa, aquilo que consiste de cerimônias, disciplina religiosa em si.

threskeia ainda aparece em Atos 26.5 tanto na Revista e Atualizada como na Revista e Corrigida. Contudo essa palavra grega não é o original de atos 25.19, nesse verso a palavra religião aparece apenas na Revista e Atualizada, uma vez que a Revista e Corrigida utiliza a palavra superstição. Nesse caso a Revista e Corrigida parece aproximar-se mais do original tendo em vista que no grega a palavra que compreende superstição em Atos 25.19 é  deisidaimonia, um substantivo feminino, que usualmente é traduzido por reverência a deus ou aos deuses,, e no sentido pejorativo superstição.

A Vulgata de Jerônimo traduziria threskeia, onde ocorre, a saber Atos 26.5; Tiago 1.26 e 27 por Religio, em Atos 26.19 aparece a palavra latina superstitione. Jerônimo ainda se utilizaria da palavra religio em Êxodo 12.26 e 43, alem de Números 19.2. Tanto nesta ultima como em Êxodo 12.43 e é tradução de chuqqah, substantivo que significa 1) estatuto, ordenança, limite, lei, algo prescrito. Já em Êxodo 12.26 a palavra original é ‘abodah ou ‘abowdah, substantivo que pode ser traduzido como 1) trabalho, serviço, (de servo ou escravo), serviço (de cativos ou súditos), serviço (de Deus).

A versão King James autorizada de 1769 utiliza a palavra inglesa ordinance para traduzir chuqqah, em Êxodo 12.43, e Números 19.2, já em Êxodo 12.26 onde aparece ‘abodah a KJV – 1769 utiliza a palavra service. No Novo testamento essa mesma versão anglo-saxonica usa critérios parecidos com a Revista e Corrigida, uma vez que em Atos 25.19 aparece a palavra superstition, e em Atos 26.5 e Tiago 1.26 e 27 aparece a palavra religion.

Interessante mesmo é o original da palavra escolhida pela RA e pela RC para traduzir a palavra grega que se encontra em Tiago 1.27, thlipsis. Nas duas versões aparecem a palavra tribulações. Essa escolha ainda acontecerá em Mateus 24.2; Marcos 13.19; Romanos 5.3; Atos 7.11 e 8.35. Em 2º Coríntios 8.13 a palavra escolhida é sobrecarga, em Romanos 2.9 e 8.35 a palavra escolhida é angustia.

A Septuaginta utiliza essa mesma palavra 12 vezes no Antigo Testamento. sempre no sentido angustia, tribulação e calamidade, tumulto. Contudo segundo STRONG thlipsis tem sua origem na palavra grega thlibo um verbo que pode ser traduzido por 1) prensar (como uvas), espremer, pressionar com firmeza. Consiste também em 2) caminho comprimido ou 3) metáfora para. aborrecer, afligir, angustiar. Assim sendo o substantivo feminino yliqiv thlipsis pretenderia significar 1) ato de prensar, imprensar, pressão. ou no sentido metafórico de opressão, aflição, tribulação, angústia, dilemas

Desta a forma o que parece que Tiago pretende no final do primeiro capitulo é conceituar a adoração, bem como o culto, e não religião, pelo menos nos termos como entendemos religião hoje. De imediato ele adverte sobre a cautela no julgamento bem como na manifestação da ira. Convoca ainda ao abandono do que ele chama de “acumulo de maldade”. Por acumulo o original usa a palavra grega perisseia, uma palavra que os gregos utilizavam para descrever o acumulo de cera nos ouvidos. Tiago segue aconselhando precaução a que a doutrina não seja algo apenas para ser aprendido, mas vivido na pratica.

Esse parágrafo termina com a definição de culto, ou de religião segundo as nossas traduções. Segundo Tiago o verdadeiro adorador é alguém que modera a sua fala e cuja a pratica de culto ou serviço, ou liturgia consiste em, episkeptomai que pode ser traduzido por 1) cuidar ou preocupar-se, inspecionar, examinar com os olhos. Nesse caso “examinar com os olhos” as viúvas e órfão que estão sujeitados a opressão, que são pressionados, agentes passivos de atos de perversão ou de tirania.

Assim sendo Tiago 1.27 poderia nos dizer o seguinte.


“… A adoração e o culto verdadeiro a ser prestado a Deus consiste em assistir de forma presente os órfãos e as viúvas que estão sendo vitimas de opressão e tirania alem de manter-se incontaminado do mundo..”

Bibliografia


FLORENZANO. Everton. Dicionário Inglês – Português, Português – Inglês. Nova Cultural. São Paulo. 1987.
HOUAISS. Editora Objetiva, 2009
JERONIMO. Vulgata On Line. Módulo Avançado. Versão 3.0. SBB. Ontário 2002
KASCHEL, Werner & ZIMMER, Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida. SBB, Barueri, 1999.
KING JAMES. Bíble King James 1769. Bíblia On Line. Módulo Avançado. Versão 3.0. SBB. Ontário 2002
STRONG. Dicionário Bíblico Strong – Léxico hebraico, Aramaico e grego de Strong. SBB. Barueri. 2002


12 de nov. de 2010

NEM TUDO FORAM FLORES EM LAUSANNE III


Nem tudo foram flores no Congresso de Lausanne III que aconteceu na Africa do Sul. Parece que as Igrejas dos paises ricos não conseguem (ou nao querem) ouvir o que as Igrejas dos paises pobres tem a dizer. Pior, o que essas Igrejas dos ricos diz, nÃo faz muito sentido para o resto do mundo.
Vejamos o que René Padilla diz sobre Lausanne 2010.

"... Outra deficiência de Lausanne III foi que, como destacou o Grupo de Interesse em Reconciliação, não se fez nenhuma menção oficial ao fato de que o Congresso estava sendo realizado num país que até poucos anos estava dominado pelo Apartheid e ainda sofre a injustiça social resultante desta política. Na realidade, o Congresso realizou-se no Centro Internacional de Convenções que foi construído sobre o terreno que se reivindicou com os escombros do Distrito Sul da Cidade do Cabo quando, em 1950, esse distrito foi declarado uma zona exclusiva para brancos.

Consequentemente, cerca de 60 mil habitantes negros foram expulsos da área à força e seus lares foram arrasados por completo. Entretanto, os organizadores da Cidade do Cabo 2010 fizeram ouvidos surdos ao pedido do Grupo de Interesse em Reconciliação que rechaçasse oficialmente “as heresias teológicas que deram sustento ao Apartheid” e lamentasse “o sofrimento sócio-econômico que é o legado atual do Apartheid”. Alguém pode se perguntar quão sério são os líderes do Movimento de Lausanne em seu compromisso com o Pacto de Lausanne, segundo o qual “a mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam” (parágrafo 5).



Um fato que hoje reconhecem e mencionam com frequência aqueles que têm interesse na vida e missão da igreja em nível global é que, nas últimas décadas, o centro de gravidade do cristianismo se deslocou do Norte e do Ocidente para o Sul e o Oriente. Apesar disso, com demasiada frequência os líderes cristãos do Norte e do Ocidente, especialmente nos Estados Unidos, continuam considerando que eles são os encarregados de desenhar a estratégia para a evangelização de todo o mundo. Como se afirma na página sobre o “Sexto Dia – Parceria” do livro que contém a descrição detalhada do programa do congresso, “o centro da liderança organizacional, do controle financeiro e das tomadas de decisão tende a permanecer no norte e no ocidente”. ..."

Tristemente, o maior obstáculo para implementar uma verdadeira parceria na missão é a riqueza do Norte e do Ocidente; a riqueza que Jonathan Bonk, em seu importante livro sobre “Missions and Money” [Missões e dinheiro], descreveu como “um problema missionário ocidental”. Se é assim, e se o Movimento de Lausanne vai contribuir significativamente com o cumprimento da missão de Deus por meio do seu povo, chegou o momento de que a força missionária conectada com este movimento, incluindo seus estrategistas, renuncie ao poder do dinheiro e modele a vida missionária na encarnação, no ministério terreno e na cruz de Jesus Cristo.

fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-futuro-do-movimento-de-lausanne

11 de nov. de 2010

I N I Q U I D A D E. Afinal o que é isso?


A palavra iniqüidade aparece 177 vezes no AT, tanto na versão Revista e Atualizada como a Corrigida. Nas duas versões esta palavra é tradução da palavra hebraica ‘avon,cujo radical é ‘avah, um verbo que significa dobrar, torcer, distorcer, perverter, este verbo ocorre apenas duas vezes no antigo testamento, Lamentações 3.9 e Ezequiel 21.27, nesse ultimo é traduzido por ruína.

Substantivo masculino ‘avon pretende dar a idéia de: perversidade, depravação, iniqüidade, pode ser associado a culpa ou punição ou mesmo conseqüência pela iniqüidade. Assim sendo ‘avon ainda pode ser traduzido por “maus olhos” 1 Sm 18.9, “culpa” 1 Sm 20.8; 2 Sm 3.8, “castigo” 1 Sm 28.10, pecado Sl 85.2. Contudo a palavra na língua portuguesa em que ‘avon com mais freqüência é traduzida é iniqüidade

Se compararmos o texto da versão Revista e Atualizada com a septuaginta veremos uma associação clara da palavra iniqüidade com a palavra grega hamartiai, cujo significado é “errar o alvo”, “estar errado”, “desviar-se do caminho de retidão e honra”, “desviar-se da lei de Deus”, e finalmente pecado. Mas iniquidade tambem aparece na septuaginta associada com as palavras gregas adikian, ou adikia, dois substantivos que pode ser entendidos como injustiça, injustiça de um juiz, injustiça de coração e vida, profunda violação da lei e da justiça, ato de injustiça.

No novo testamento no Novo Testamento aparece 14 vezes na Revista e Atualizada e 20 vezes na Revista e Corrigida. Em ambas é tradução das palavras gregas anomia 8vezes, adikia 4 vezes, adikema 1 vez, e apenas uma vez é associada a hamartia. As três últimas já eram usadas pela Septuaginta. Já a primeira, a mais freqüente no Novo Testamento, é um substantivo feminino cujo radical é a palavra grega anomos, um adjetivo que traduzi-se por “destituído da lei (mosaica)”, ou gentios, ou que se desvia da lei, que desrespeita lei, ilegal. Logo o substantivo anomia significa: a condição daquele que não cumpre a lei, porque não conhece a lei ou porque não quer, pode ser também o desprezo e violação da lei, maldade.

Nos evangelhos apenas em Mateus anomia é traduzido por iniqüidade, 4 vezes, na versão RA a palavra iniqüidade não aparece fora de Mateus. já nas cartas e em Atos, iniqüidade é a tradução tanto de anomia como adikia ou adikema alem de hamartia que só é associada a iniqüidade em 2 Tessalonicenses 2.3.

Foi Jerônimo na elaboração da Vulgata que escolheria a palavra latina iniquitate como tradução das palavras hebraicas ‘avon e as gregas anomia, adikia e adikema, uma das poucas exceções é 2 Tessalonicenses 2.3 nesse versículo Jerônimo escolhe a palavra latina peccati. É interessante verificar essa escolha uma vez que boa parte das línguas neo-latinas escolheriam palavras cuja etimologia remete para a palavra latina que consta na Vulgata, assim sendo iniquitate da vulgata, e iniqüidade no português passaram a expressar as palavras originais do texto bíblico.

Tanto iniquitate como iniqüidade são palavras compostas do prefixo “in”, negação, objeção, nesse caso negação de aequitatis em latim e equidade no português. Cujo o significado é respeito à igualdade de direito de cada um, ou virtude de quem ou do que manifesta senso de justiça, ou ainda, lisura na maneira de proceder, julgar, opinar . O Dicionário da Bíblia de Almeida traduz equidade como imparcialidade. HOUAISS define iniqüidade como algo cujo “caráter é contrário à equidade”, pode ser uma “…ação ou coisa contrária à moral e à religião, ato contrario a justiça…”, ou ainda “…ato perverso; maldade...”. O Dicionário da Bíblia de Almeida traduz iniqüidade como: “… Pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso…”

A King James apresenta a palavra iniquity como tradução para as palavras mesmos textos em que iniquidade é usada para traduzir para o português as palavras ‘avon, e anomia adikia ou adikema alem de hamartia, as exceções da King James são em textos como Romanos 6.13, 2 Corintios 6.14, onde aparece a palavra inglesa unrighteousness. cujo significado é o mesmo de iniqüidade.

Assim sendo ao se conceituar a palavra iniqüidade deve-se considerar as inúmeras palavras aos quais ela pretende traduzir nas escrituras. Iniqüidade é pecado, injustiça em todos os seus aspectos, é a ignorância ou negligencia de preceitos divinos e pode ser encontrado em qualquer aspecto da vida humana.

Contudo é significativo quando Mateus atribui a que Cristo as falas nas quais a palavra iniqüidade aparecem, embora nessa passagem não conceitue ou exemplifique de maneira sistemática o sentido de iniqüidade, ela é capaz de nos revelar algumas advertências.

Advertências de Jesus em relação a iniqüidade anonmia


“…Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade…”
Mateus 7:23
A INIQUIDADE CONVIVE COM EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS E COM DEMONSTRAÇÕES DE PODER.


“…Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade…”
Mateus 13:41.
A INIQUIDADE SERÁ JULGADA POR DEUS DA MESMA FORMA QUE ESCANDALOS


“…Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade...”
Mateus 23:28
A INIQUIDADE É PASSIVEL DE SER DISSIMULADA POR APARENCIA DE PIEDADE


“…E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos...”
Mateus 24:12
A INIQUIDADE SERÁ NOS ÚLTIMOS DIAS A MAIOR CAUSA DE ABANDONO DA FÉ.

Bibliografia
FLORENZANO. Everton. Dicionário Inglês – Português, Português – Inglês. Nova Cultural. São Paulo. 1987.
HOUAISS. Editora Objetiva, 2009
JERONIMO. Vulgata On Line. Módulo Avançado. Versão 3.0. SBB. Ontário 2002
KASCHEL, Werner & ZIMMER, Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida. SBB, Barueri, 1999.
KING JAMES. Bíble King James 1769. Bíblia On Line. Módulo Avançado. Versão 3.0. SBB. Ontário 2002
STRONG. Dicionário Bíblico Strong – Léxico hebraico, Aramaico e grego de Strong. SBB. Barueri. 2002

2 de nov. de 2010

L A U S A N N E I I I - Cape Town 2010

Lissander Dias

Cristãos de quase 200 países foram, no último momento, mais uma vez comissionados para cumprir o chamado de Deus no mundo. A celebração da Santa Ceia, dirigida pelo arcebispo da Igreja Anglicana de Uganda, Henry Luke Orombi, marcou a busca por unidade – tema este constante nos cinco dias do congresso, seja nas plenárias, nos grupos pequenos, nos debates e nas conversas de corredores.


A inquietação de que a igreja ainda sofre com a desunião foi resumida na manhã deste domingo nas palavras do pastor de Singapura, Patrick Fung: “A arrogância e a auto-comiseração são os grandes obstáculos para o trabalho em parceria da igreja em favor da evangelização do mundo”.

Os seis grandes temas do congresso – verdade, reconciliação, relacionamento com outras crenças, definição de prioridades, integridade e parceria – foram lembrados transversalmente no sermão de encerramento ministrado por Lindsay Brown, diretor internacional do Movimento Lausanne. Em sua homilia, ele deixou claro qual foi o centro de referência dos esforços do Congresso de Lausanne: “Cristo é o centro da mensagem. Ele não é apenas um salvador, mas o único salvador. Nossa vocação é declarar Cristo em toda a sua glória”. Brown também defendeu a verdade como um elemento essencial para o cumprimento da missão. “Não dá para evangelizar se não sabemos no que cremos”. Ele enfatizou ainda a amplitude da missão: “Nossa missão não é somente levar o evangelho de Jesus para todos os lugares, mas também para toda a sociedade”.

Um congresso pouco latino
O III Congresso foi marcado por testemunhos emocionantes de cristãos fiéis que estão enfrentando o sofrimento em favor do Evangelho em países como Índia, Coréia do Norte e Oriente Médio, pela descoberta da riqueza contida na carta de Paulo aos efésios, pelo diálogos ao redor de mesas entre pessoas de lugares diferentes e pelo tom de urgência e pragmatismo.

As opiniões sobre o congresso eram diversas: uns sentiam-se renovados espiritualmente; outros, reclamavam de um conteúdo superficial. Os latinos-americanos sentiram-se prejudicados pela pouca visibilidade dada ao continente e à sua teologia. O momento sintomático foi a exibição de um vídeo que se propunha em dar um panorama do Cristianismo no continente. Foi unâmine o mal-estar, já que muitas informações estavam desatualizadas ou mesmo erradas.

Outro indicador desta insatisfação foram as palavras dos teólogos latinos René Padilla e de Samuel Escobar, ícones da Missão Integral, e considerados grandes personagens da redação do Pacto de Lausanne. Na noite do dia 20, eles apontaram três preocupações que deveriam ser melhor exploradas neste congresso:
  • o evangelismo como a tarefa de fazer discípulos e não simplesmente convertidos; 
  • a globalização e seus efeitos sobre milhões de pobres; 
  • e o sistema econômico e sua destruição do meio ambiente.
Nos dois últimos dias, o congresso chegou mais próximo destas preocupações, no entanto, sem grandes avanços.

Compromisso da Cidade do Cabo
O resultado concreto do III Congresso de Lausanne é o “Compromisso da Cidade do Cabo”. O documento é uma declaração final do Movimento Lausanne a partir do congresso. Ele divide-se em duas partes. A primeira é uma declaração de fé, e a segunda um chamado para a ação. Entitulada “Para o Senhor que amamos: o nosso compromisso de fé”, a primeira parte do documento – com versão ainda provisória - enfatiza o verbo amar e é dividida em uma introdução e dez seções.

A segunda parte ainda não foi elaborada. Para isso, há um grupo de trabalho de oito pessoas (entre elas, dois brasileiros: Valdir Steuernagel e Rosalee Veloso). Eles vão trabalhar na redação do documento, que deve ter sua primeira versão em novembro deste ano.

fonte: http://www.ultimato.com.br/conteudo/termina-o-terceiro-congresso-mundial-de-evangelizacao









25 de out. de 2010

ANOS 60 EM 8 MINUTOS



Nós conhecemos a nossa História? Creio que não. E isso é perigoso isso por que "povo que nao conhece sua história acaba por condenar-se a revive-lá.

Segue anos 60 em apenas 8 minutos

24 de out. de 2010

LAUSANE III - Cape Town 2010


Em virtude do pleito eleitoral no Brasil nós cristãos nao nos percebemos de um evento importantissimo e historico, o Cape Town 2010, uma versao do congresso de Lausane do seculo XXI. o chamado "Lausane III". Alguns brasileiros estão lá e tem colhido o melhor dos debates. segue aqui as impressões do Pr Fabricio Cunha, http://fabriciocunha.com.br/Pastor de Jovens da IBAB em São Paulo. vale a pena ler o qeu ele escreve em relaçao ao primeiro dia.


O DIA
Exatamente às 15h30 de hoje, Douglas Birdsall, “chairman” do Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial, deu as boas vindas a mais de 4.000 pessoas
, vindas de todos os continentes, dos mais diversos países, para 08 dias especiais de celebração da fé, compartilhar de testemunhos e avaliação da caminhada da igreja mundial, em vistas de novas perspectivas para a evangelização.
Em seguida, o egípcio Ramez Atalah explicou toda a metodologia da parte principal do programa do congresso, os pequenos grupos.
O mais impressionante de tudo: todos os participantes assistem ao encontro sentados em mesas de 06 pessoas, moderados por um líder previamente preparado (trabalho nessa equipe) onde se compartilha histórias de vida e se estuda as pregações simultaneamente assim que elas terminam.

Subversivamente, os latino americanos já fizeram sua primeira reunião fora do programa, claro. Foi um encontro de todos os membros da Fraternidade Teológica Latino Americana, onde “mais jovens” e “mais velhos” compartilharam expectativas para o CLADE 5 (Congresso Latino Americano de Evangelização), que acontecerá em julho de 2012, bem como testemunhos dos núcleos espalhados por todo continente. Dentre muitos, estavam presentes Tito Paredes, René Padilla e Robinson Cavancalti, membros fundadores da FTL (1970), Victor Rey, presidente da FTL Continental, Carlinhos Veiga, presidente da FTL – Brasil e Ruth Padilla, executiva continental da instituição.


Às 19h00 aconteceu a celebração de abertura com muita música, um vídeo contando parte da história da propagação do evangelho no mundo, testemunhos de pessoas que foram fundamentais para a propagação do evangelho na África, Ásia e América Latina, uma introdução aos propósitos atuais do Comitê de Lausanne e as boas vindas oficiais, sucedida de uma oração de encerramento feita pelo Bispo Anglicano Henry Orombi, presidente honorário do comitê anfitrião.
A delegação brasileira encontra-se toda no mesmo hotel. Vamos e voltamos do congresso de ônibus fretado. Imaginem a bagunça.
Amanhã começaremos o estudo indutivo da carta de Paulo aos Efésios, que faremos durante toda a semana.


A HISTÓRIA
Um dos membros de meu pequeno grupo é o pastor venezuelano Ylidio Metodio, 71 anos de idade, 49 de ministério
. No final de nosso encontro, pedi que cada um falasse de sua maior expectativa em relação ao Congresso, ao que ele pediu a palavra e disse: “quero aprender tudo o que puder”. Ele é pastor fundador de uma igreja que tem mais de 30 mil membros na Venezuela. Nessa situação, muitos de nós consideraríamos seriamente a possibilidade de parar. Ele não! Imendou dizendo: “se meu Mestre deu tudo o que tinha, inclusive sua vida, em favor das pessoas, quero fazer o mesmo até o final de minha vida.”

A FRASE
“Deus, em Cristo, estava reconciliando consigo todo o mundo”. Texto que dá base ao tema do congresso.


A PESSOA
Ver o Pr. René Padilla caminhando pelos corredores do congresso é emocionante e inspirador.
Foi um dos preletores de 1974, ou melhor, foi um dos principais preletores de 1974. Sua tese sobre uma evangelização que considerasse o contexto e que afetasse o homem em todas as suas implicações, que se tornou o que chamamos de Teologia da Missão Integral é, até hoje, um elemento gerador de profundas discussões e inquietações no cenário protestante internacional. Tê-lo por aqui é um grande privilégio.

A “BRASILEIRADA”
Os brasileiros são alegres, barulhentos e “sem noção”.
Fomos passear pela manhã numa montanha turística da cidade, chamada
Table Mountain . Um dos integrantes do grupo perdeu seu bilhete, travou a fila com mais de cem pessoas atrás e tentou pular a roleta, como deve fazer no metrô de sua cidade… Quase apanhou do funcionário…
#Vergonha…rsrsrs
Amanhã tem mais!!!
Fabricio Cunha

21 de out. de 2010

Compra de sacerdotes. Você quer um?



Campanha de Serra faz ofertas a evangélicos
BRENO COSTADE SÃO PAULO
A campanha de José Serra (PSDB) está oferecendo benefícios a igrejas evangélicas e a entidades a elas ligadas em troca de apoio de pastores à candidatura tucana. O mesmo foi feito na campanha do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin. O responsável pelo contato com os líderes é Alcides Cantóia Jr., pastor da Assembleia de Deus em São Paulo.
Ele responde pela "coordenadoria de evangélicos" da campanha, criada ainda no primeiro turno exclusivamente para angariar apoios entre evangélicos.
Tucanos admitem oferecer os benefícios a evangélicosAcompanhe a Folha Poder no TwitterConheça nossa página no Facebook



"Disparo entre 150 e 200 telefonemas por dia, mais ou menos", diz Cantóia, que trabalha numa espécie de guichê montado no térreo do edifício Praça da Bandeira (antigo Joelma), quartel-general da campanha de Serra. No local, ele também recebe pastores para "um café". Os telefonemas são feitos para pastores de várias denominações em todo o Estado de São Paulo, em busca de pedido de voto em Serra entre os fiéis de suas respectivas igrejas.


Entre os argumentos para conquistar o engajamento dos evangélicos, segundo Cantóia além do discurso relativo a valores, como a posição contrária à descriminalização do aborto, está a promessa de apoio a parcerias entre essas igrejas e entidades assistenciais a elas vinculadas com prefeituras e governo, em caso de vitória tucana. cita a possibilidade de, com os tucanos no poder, igrejas poderem oferecer apoio a crianças e adolescentes, complementando o período que elas passam na escola. Assistência a idosos também é citada.



"O objetivo é levar as crianças para dentro da igreja", afirma o pastor. "Esse é um dos argumentos. Seriam igrejas em tempo integral, complementando a atividade da escola."
Cantóia afirma, também, tentar intermediar demandas recebidas de pastores junto a prefeituras. Por exemplo, pedidos para que entidades funcionem como creche ou que virem intermediárias do programa Viva Leite, do governo estadual.



Alcides diz ter sido um dos articuladores que levou os pastores Silas Malafaia, do Rio de Janeiro, e José Wellington Bezerra, de São Paulo, ambos da Assembleia de Deus, a gravarem depoimentos de apoio a Serra, exibidos em sua propaganda na TV.



O Conselho dos Pastores de São Paulo, que reúne representantes de diversas denominações protestantes, estima que cerca de 80 mil pastores em SP apoiem Serra.

17 de out. de 2010

QUANDO A SAÍDA É O LUGAR RESERVADO AOS BONS



"Considero nesse momento que não é possível fazer no Flamengo aquilo que eu gostaria. Percebo que a minha presença não tem sido favorável e, desde a minha chegada, vem causando o descontentamento de muitas pessoas. Não há condições para eu continuar",
Zico ao anunciar sua saída do Flamengo.
http://www.istoe.com.br/reportagens/103675ZICO+ANUNCIA+SAIDA+DA+DIRETORIA+DO+FLAMENGO


É triste quando pessoas de bem nao podem fazer o melhor possível pelos seus iguais. Infelizmente saem os comprometidos é ficam os limitados e medianos. Aconteceu com o Zico, poderia ter acontecido com voce, poderia ter acontecido comigo.

"Que Deus nos salve da ditadura da mediocridade"

16 de out. de 2010

Para onde foram os pastores?




“… Os pastores estão abandonando seus postos, desviando-se para a direita e para a esquerda, com freqüência alarmante. Isso não que dizer que estejam deixando a igreja e sendo contratados por alguma empresa.

As congregações ainda pagam seus salários, o nome deles ainda conta do boletim dominical e continuam a subir ao púlpito domingo apos domingo. O que estão abandonando é o posto, o chamado. Prostituíram-se apos outros deuses. Aquilo que fazem e alegam ser ministério pastoral não tem a menor relação com as atitudes dos pastores que fizeram historia nos últimos vinte séculos.

Os pastores se transformaram em um grupo de gerentes de lojas, sendo que os estabelecimentos comerciais que dirigem são as igrejas. As preocupações são as mesmas dos gerentes: como manter os clientes felizes, como atraí-los para que não
corram para a loja concorrente, como embalar os produtos de forma que os
consumidores gastem mais dinheiro com eles.


Alguns pastores são ótimos gerentes, atraindo muitos consumidores, levantando grandes somas em dinheiro e desenvolvendo excelente reputação. Ainda assim, o que fazem é gerenciar uma loja religiosa, mas de toda forma, uma loja. Esses empreendedores têm a mente ocupada por estratégias semelhantes às de franquias de fast food e, quando dormem, sonham com sucesso que atraia a atenção da mídia….”

EUGENE PETERSON in KIVITZ. Ed René. Outra espiritualidade. Mundo Cristão. pp.28-29

14 de out. de 2010

Manifesto Evangélico por um Processo Eleitoral Ético


Nós, evangélicos e evangélicas, brasileiros, eleitores e cidadãos comprometidos com a verdade e a justiça, manifestamos profeticamente as nossas rejeições e defesas diante da onda de conservadorismo que se abateu sobre o país nesse processo eleitoral.

Rejeitamos os posicionamentos de alguns líderes evangélicos, que em vez de preparar cidadãos, com plenos conhecimentos de seus direitos e deveres, encaminham seus fieis para um exercício equivocado da fé.

Rejeitamos a disseminação de boatos e inverdades com fim de manipular o eleitorado.

Rejeitamos a manipulação, seja ela de que forma for, e a redução das questões cruciais e relevantes no processo eleitoral a temas presos ao mero moralismo.

Rejeitamos o uso da fé como instrumento de manipulação política no momento em que temas como erradicação da pobreza, sustentabilidade ambiental e desigualdade social precisam ser discutidos pela sociedade.

Rejeitamos o papel da mídia, que dá voz e espaço, para que a onda de conservadorismo ganhe visibilidade, desviando o foco das propostas dos candidatos.

Rejeitamos a demonização dos candidatos e partidos, além do processo eleitoral.

Rejeitamos a difusão de informações equivocadas dos papéis que cabem ao Executivo e ao Legislativo no país.

Rejeitamos qualquer forma de intolerância religiosa.Dessa forma, defendemos que as eleições devem girar em torno das questões programáticas e dos planos de governo.

Defendemos, como herança do Protestantismo, a manutenção e o fortalecimento do Estado Laico.Defendemos a necessidade de uma reforma política e eleitoral que leve o Brasil, do sistema proporcional, no máximo, ao distrital misto, para que os candidatos tenham vínculos comunitários.

Defendemos o aprofundamento do Estado de Direito e a consecução do estabelecimento do Estado de Equidade social, política e econômica. Defendemos uma Igreja independente, que não se submeta aos interesses políticos e eleitorais. Ao contrário, que exerça sua função profética produzindo cidadãos livres e conscientes de seu papel cívico.

Defendemos a manutenção e o avanço das conquistas sociais que, nos últimos anos, fizeram com que uma parcela significativa de brasileiros saísse dos níveis de pobreza inaceitáveis em que viviam.

Defendemos a manutenção de políticas públicas que promovam a erradicação da pobreza e a maior igualdade entre os brasileiros.

Por fim, assumimos o compromisso de continuarmos orando e contribuindo solidariamente com a construção de um Brasil sustentável, economicamente viável, socialmente justo.

ASSINE O MANIFESTO VOCÊ TAMBÉM no espaço do Link –
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N3315


11 de out. de 2010

FAÇA COMO A MARINA, LEIA A BÍBLIA!




Ler a Bíblia faz bem e não tem contra-indicação.

se persistirem os sintomas, ore e volte a ler a Bíblia ainda mais!!!

9 de out. de 2010

DEUS VOTA?


Responda rápido.

O que é pior?

Pastor que fala de política, ou Politico que fala de religião?


Só uma perguntinha. Quem o TIRIRICA vai apoias no segundo turno? e mais, o TIRIRICA é contra ou a favor do aborto? E do casamento gay, o que ele pensa? Acho que essas sao algumas questões interessantes de serem perguntadas a mais nova "liderança politica brasileira"

6 de out. de 2010

Quem é a mãe da mentira?


O Diabo é pai da mentira, mas quem será a mãe? Bem. Segundo Ciro Gomes ex-deputado do PSB pelo Ceará, a Veja é a mãe da mentira


Uma das questões que se tocou aqui é sobre quanto os boatos espalhados na reta final tiraram votos de Dilma. Esses boatos, ao serem disseminados por parte da imprensa, foram importantes nisso?

Perifericamente. Boato só prospera onde há perplexidades, vácuos, vazios. Como essa questão do aborto. É complexa, é delicada. Interagem com esse assunto questões religiosas, questões morais, éticas, sanitárias, emocionais, psicológicas. Questões terríveis.

E os políticos, por regra, detêm um oportunismo muito rasteiro a respeito deste assunto. Acho que esse é o vácuo. Quando você tem um vácuo e não tem clareza, o boato acaba prosperando mais do que devia.

E, claro, há o papel de uma parte da imprensa brasileira. E isso não é novidade, não temos que nos assustar com isso. Quem se enganou foi quem imaginou que haveria essa cordialidade que eu sempre soube que não haveria. Uma parte da imprensa brasileira tem preferência, o que é legítimo.

Apenas deveríamos ajudar o eleitor brasileiro a saber que a Veja é reacionária. É direito do povo brasileiro saber que a Veja é reacionária. A Veja deve existir, deve fazer o que bem entender. Se passar da conta, temos um sistema democrático que garante reparos no Judiciário, mas nada de ir contra a imprensa. A imprensa é sagrada para nós, democratas.

A Veja passou da conta no primeiro turno?

A Veja? A Veja passa da conta. Vive a serviço do que há de mais espúrio na sociedade brasileira. É isso que a gente deve explicar para as pessoas. Que a Veja tenha longa vida, mas que todos fiquem sabendo que a Veja não é uma observadora neutra da vida brasileira: ela está a serviço dos interesses internacionais, da privataria, da escória brasileira. Isso sempre foi. Desde que a turma de melhor nível saiu, virou isso (referindo-se a jornalistas mais antigos). Um instrumento de achaque.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/politica/ciro-gomes-sou-cabo-eleitoral-de-dilma-no-ceara

5 de out. de 2010

Quem votou na Marina?


O site da Carta Capital se arrisca em definir o perfil do eleitorado da Marina, Caso você tenha votado na candidata do PV, leia e veja se não se identifica com a descrição?

“… É uma camada principalmente urbana, que progrediu em relação aos pais pobres e mal educados, tem certa educação, até superior, está decentemente empregada e precisa cada vez menos de programas sociais como o Bolsa-Família, do SUS ou de novos projetos de saúde e saneamento. Ao mesmo tempo, é mestiça, não está à vontade com a “alta cultura”, tem gostos populares e se sabe desprezada pela elite tradicional. Não se identifica totalmente com as prioridades da esquerda – redução da desigualdade e crescimento econômico – mas também não com as da direita – conservação de privilégios disfarçados em competência e meritocracia. Busca um meio-termo que, assim como Marina, não sabe definir com precisão e chama de “mudança”.

É uma camada que se identifica mais com a história pessoal de Marina, uma ex-empregada doméstica alfabetizada pelo Mobral que “subiu na vida”, fez curso superior e uma carreira política pacífica e respeitada, do que com a carreira de um integrante convencional da elite política como Serra ou com o passado combativo de uma ex-guerrilheira como Dilma. Que tem um vago receio do “comunismo” e do MST e se esforça por se diferenciar das “massas” pobres e turbulentas e hesita em dar um cheque em branco a Dilma e ao PT. Não é a parcela da opinião pública mais conservadora, nem a que tem seu voto definido pelo padre, pelo pastor ou pela questão do aborto. Estes provavelmente votaram em Serra.

Esta interpretação se reforça quando se desce ao detalhe dos votos por município. Recife, capital do estado natal de Lula, não tem uma proporção excepcional de evangélicos pelos padrões brasileiros: apenas 17,6%. Mas 37% dos recifenses votaram em Marina (42% em Dilma, 19% em Serra). Já o município pernambucano de Abreu e Lima, o mais evangélico do estado (31,2%) teve 27% de votos em Marina, 52% em Dilma e 15% em Serra.

No Rio de Janeiro, Marina teve 29% em um município de alta concentração de evangélicos (30%) como Belford Roxo, 32% na capital (17,7% evangélica) e 37% em Niterói (15,3% evangélica), enquanto Dilma teve 57%, 43% e 35%, respectivamente, nesses municípios (e Serra 12%, 22% e 25%)…”

Fonte:
http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/voto-em-marina-nao-e-ecologico-mas-tambem-nao-evangelico

4 de out. de 2010

RAMADÃ EVANGÉLICO II

O Ramadã Evangélico foi prolongado por mais um mês.

Que Deus nos dê graça para suportar!!!

30 de set. de 2010

Diga-me com quem NÃO ANDAS...

Diga-me com quem não andas, que eu te direi quem não és.

A candidata Marina silva do PV, não recebeu apoio:
· do Presidente Lula, que por muito tempo foi seu companheiro de partido no PT.
· do teleevangelista e “conferencista internacional” Silas Malafaia, embora pertencendo a mesma denominação
· dos “Barões da fé” das Grandes denominações do Pentecostalismo Clássico.

Bem..
Eu já sei quem ela não é
Diante de tudo isso parece que Marina é uma pessoa confiável!!!

29 de set. de 2010

RAMADÃ EVANGÉLICO


Os missionários ocidentais que tem evangelizado muçulmanos testemunham que a época mais difícil para o trabalho é período que coincide com o Ramadã. Nesse período a fé islâmica, que está latente fica mais sensível. Isso é tão verdade que nesse momento até mesmo cristãos ex-muçulmanos tendem a reconsiderar a sua escolha por Cristo a tal ponto da abandonarem a fé. Alguns depois do Ramadã voltam a comunhão com a igreja, mas no mês do Ramadã eles tem suas convicções abaladas e fazem concessões a religiosidade que haviam abandonado a tempos. É como se nesse período toda uma natureza e aspirações escondidas viessem a tona, mostrando de fato o que dentro das pessoas existe.

Pois bem, o escritor desse Blog tem a mesma impressão com os evangélicos em época de eleição. É sabido que as relações nas igrejas as vezes tendem a autoritarismo e a manipulação, contudo devido ao esforço das novas lideranças, muitos avanços no tocante ao “arejamento” das concepções sobre liderança e relações institucionais tem mudado. Nos últimos 10 anos os discursos no interior dos templos tem sinalizado parra relações menos autoritárias, com maior feed-back entre lideres e liderados e entre pastores e ovelhas. A norma na ultima década tem sido a da horizontalidade ao invés do “de cima para baixo”, bem no estilo proposto pela reportagem dos Novos Evangélicos da revista ÉPOCA http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI161475-15228,00-A+NOVA+REFORMA+PROTESTANTE.html

Contudo no arraial de Jeová parece haver um Ramadã, ele não é anual, é bienal, sempre entre os meses de setembro e outubro, e pode variar de duração. Do que se trata? Das eleições. Parece que nessa época do ano os evangélicos colocam para fora toda a dificuldade que tem em discutir com quem pensa diferente, ou melhor não precisa nem pensar diferente basta, não ter a mesma convicção inabalável sobre um fato. O período de eleição no Brasil é um período difícil para quem freqüenta cultos em igrejas evangélicas, isso por que os templos se tornam espaços para uma cruzada em favor de valores apresentados como cristãos.

Nesse período do ano o ambiente fica pesado, há um clima de terror no ar, um clima de patrulhamento, as pessoas necessariamente assumem uma das duas posturas, a de vigilantes ou de vigiados. Os discursos são conclamações contra a perseguição que esta na iminência de acontecer. O cheiro de pólvora substitui o perfume de Cristo no espaço que deveria ser destinado a adoração. E nesse momento a prudência nos informa que não devemos contestar as opiniões e posições.

Nesse período que pode ser chamado de “Ramadã evangélico” todo discurso de renovação, de aceitação do diferente, de tolerância enfim de maturidade é substituído pelo velho discurso autoritário da igreja de antigamente. É como se nesse período o verniz da alteridade derretesse e desse lugar para as pulsões autocráticas que a muito as lideranças cristãs tentam abandonar ou esconder.

Assim sendo leitor, concluímos que a Igreja está mudando, como muçulmano convertido, ela assume uma nova posição na existencialidade espiritual, nessa posição a igreja exerce auto-critica, e se permite avaliar a luz das Escrituras e do bom senso, contudo quando o Ramadã evangélico começa, a saber, as eleições no Brasil, que acontecem a cada dois anos, então toda a postura reacionária, de intransigência, as vezes de manipulação vem a tona, e com toda a força.

Quem conhece igreja sabe que depois isso passa, que mais para frente a proposta mais piedosa de fé retornará tão logo o pleito se encerre. Contudo durante o ramadã evangélico, a eleição, o ambiente nos templos ficará pesado, todo cuidado será pouco nesse período, esse não é o momento de levantar qualquer tipo de "reflexão ontológica", caso você queira continuar com seus amigos evangélicos e não ter o seu nome vinculado a qualquer lista de pessoas que ameaçam a ordem e decência.

É nesse período que devemos exercer aquele imperativo tão conhecido pelos cristãos, o chamado, “oremos”.

28 de ago. de 2010

Coração ou estômado? De quem é a direção da vida?

“… E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina…”
Marcos 7.20


Em 1997 o publico em geral pode tomar consciência de um transtorno muito comum na população das grandes cidades, o transtorno Obssessivo compulsivo. De maneira engraçada o ator Jack Nicholson protagonizou o filme “melhor impossível”. No filme ele é o romancista J. T. Walsh, um portador desse transtorno. De maneira engraçada as pessoas podem ver como sofre, e faz sofrer as pessoas que são acometidas deste transtorno. É possível verificar que o incoveniente não está apenas no fato de se perder muito tempo lavando as mãos, ou trocando talheres, o transtorno é responsável por afastar de perto todo e qualquer pessoa que queira ser simpática. Isso porque o portador de Toc, julga o mundo impuro de tal forma que pode ameaçar e “profanar” a sua vida. A palavra de ordem é isolamento.

Uma leitura mais “cirúrgica” dos evangelhos nos revela traços deste tipo de conduta em publico bem conhecido de Jesus, os fariseus. No evangelho de Marcos, Jesus é censurado pela seita dos fariseus por não ensinar os seus discípulos a lavar as suas mãos, enquanto eles, não lavavam apenas as mãos, mas tomavam banhos tão logo chegassem dos mercados francamente freqüentado por gentios.

A resposta de Jesus é emblemática, ele não só contesta a autoridade da fonte na qual os fariseus haviam extraído essa informação, a tradição, e não a lei mosaica tida como inspirada, como re-significou o conceito de pureza e profanação. Mas não foi apenas isso, Jesus contestou alguns elementos relativos a integridade. Um deles é o fluxo da influencias. Para os fariseus portadores do Toc religioso as influencias profanadoras do mundo deveriam ser como a contaminação dos alimentos, ou seja, vem de fora para dentro. Se extrapolarmos o pensamento da seita inimiga de Jesus para a formação do comportamento do individuo, nos seremos levados a pensar que isso se dá por conta da influencia do meio, das imposições do grupo. É aquela velha desculpa, somos o que a nossa família, e tribo nos conduzem a ser! Afinal o que contamina o homem vem de fora! Esse é o ensino do fariseu.

E verdade que o meio é poderoso, contudo Jesus nos adverte que o que contamina o homem não é o que vem de fora, mas o que já esta dentro. Para Cristo a natureza humana já é predisposta para posturas egoístas e misantropas. O fluxo das pulsões é de dentro para fora e não de fora para dentro. A profanação e contaminação é um processo se faz na medida em que as pessoas abrem as suas bocas e expõem o que de fato tem.

Outra concepção que consiste em um conflito entre Cristo e os fariseus consistem no que é centro das pulsões do ser humano. Para os fariseus é o estômago, que deve ser preservado de todas as purezas, é o seu aparelho digestivo. Para o fariseu portador de Toc, o centro da vida esta ventre, é o ventre que governa, são as aspirações mais básicas da vida, os interesses estão lá na base da pirâmide de Maslow, e lá ficam. Mas Cristo propõe um outro centro dos impulsos, o coração, não o músculo por onde é passa o fluxo vital. O que Cristo nos revela é que conceitos mais valorados para as pessoas não podem ser encontrados no consciente, mas lá na profundeza das nossas motivações. O “estomago bem como o fígado e os intestinos” podem ser domesticados, isso na medida em que as pessoas aprendem a lidar e a conter as suas “mal-criações” enfim as pessoas se contem.

Já o coração não é domesticado, uma vez que ele se esconde e esconde dentro dele toda a sorte de aspirações. Ao contrario do que J. T Walsh de “Melhor impossível” os discípulos de Cristo deveriam lavar muito, e de “sadiamente compulsiva” os seus corações, as suas motivações, as seus mais instintivos e íntimos desejos. Isso por que o que contamina o homem, não é o que entra, mas sim o que dele sai, por que provem do coração.

5 de jun. de 2010

Falando de Deus

Esse texto é profundamente conveniente a quem fala e discute religião bem como quem discursa sobre Deus. Leia com espírito reflexivo:

Não se preocupe com Deus. Ele cuida de Si mesmo. Ele se defende. Ele é maior de idade.
Não se angustie por Deus. Ele não se transtorna e nem se abala.
Não defenda Deus. Se Ele não defender a Si mesmo, por que haverá você de fazê-lo? Você tem melhores argumentos?
Não se aflija em fazer Deus compreensível. Isto não é possível. Ele revela a Si mesmo ou nada é discernido.
Fale de Deus como Ele fala de Si mesmo.
Fale de Jesus como Jesus falou de Si mesmo.
Fale do Evangelho como ele fala em si mesmo.
Nunca discurse Deus. É obra de artífice de ídolos de linguagem.
Nunca filosofe Deus. É a louca-loucura dos sábios, que é a maior insensatez para Deus.
Nunca doutrine sobre Deus. É melhor oferecer bula de remédio a um doente analfabeto.
Confie sempre na verdade. Ela é invencível.
Confie sempre no amor. Ele é de Deus; pois Deus é amor.
Confie sempre que a paz é a melhor arma e a melhor defesa.
Creia simples e tudo será maravilhoso.
Creia complexo e você jamais terá alegria.
Creia, apenas creia, e tudo passará a ser possível.
Mas, sobretudo, seja sincero com Deus e com você mesmo, pois, sem isso, nada acima é verdade.
Nele,
Caio
29/08/07
Manaus
AM

21 de abr. de 2010

Televisão no meio pentecostal: De uma ameaça a um objeto de consumo. O caso das Assembléias de Deus. (PARTE 2)

Segunda parte de uma monografia apresentada ao Programa de Pós graduaçao em Ciência da Religião da Universidade Metodista de São Paulo na disciplina de "Religião e Mídia" segundo semestre de 2009.


Pentecostalismo Clássico nos anos 60 e 70: a relação com a mídia em especial com a televisão

A década de 50 viu o florescimento da mídia televisiva nos EUA. De imediato os evangelistas de viés fundamentalistas passaram a fazer uso desse tipo de veiculo de comunicação. Rapidamente os pregadores que antes eram itinerantes e que alcançavam a sociedade de maneira periférica puderam em pouco tempo ocupar a grade das emissoras de televisão, dessa forma já nos anos 50, pastores como Billy Graham, Rex Humbard, e Oral Roberts tornavam-se conhecidos em varias regiões dos EUA

O império de comunicação dos pregadores fundamentalistas já estava consolidado na mídia. Esse fato seria decisivo para a instauração e manutenção de uma consciência puritana, protestante, e conservadora na América do Norte. A televisão seria vista desde então como uma aliada na tarefa de afirmação da missão de preservação dos valores dos pais fundadores da nação norte-americana.

Enquanto isso no Brasil o protestantismo, que era uma minoria, procurava defender-se do liberalismo teológico que era visto como ameaçador. Já o pentecostalismo pós segunda guerra vivia um situação ambígua, o seu crescimento começava a ser sentido na mesma medida em que sentia-se ameaçado pelas cisões que décadas depois seriam comuns, outro problema era também a crítica que sofriam por parte das igrejas históricas[1].

Uma vertente do pentecostalismo, a Assembléia de Deus, se fundamentou e expandiu-se a partir do norte-nordeste. Essa particularidade seria determinante para a definição da visão de mundo e de vida da liderança da AD[2]. O conservadorismo seria, portanto uma marca registrada da vida e discurso assembleiano desde então. A afirmação de costumes tidos como respeitáveis nessas regiões associado com uma falta de cultura teológica que permitisse uma hermenêutica das escrituras foram decisivas para a formulação do código de ética não somente na AD, mas em todo pentecostalismo clássico[3].

Desta forma se nos EUA o movimento evangélico tinha uma relação estreita com a mídia, isso porque o evangelicalismo era um elemento fundamental na vida da nação, no Brasil os evangélicos se utilizavam de maneira discreta da mídia, concentrados nas emissoras de rádio. Se nos EUA a televisão era neutra, um espaço a ser conquistado, no Brasil essa parecia uma propagadora de valores e costumes francamente contrários aos ensinados pelos evangélicos, em especial os pentecostais.

A programação da televisão parecia agressiva aos olhos de um pentecostal clássico nos anos 70. Isso porque enquanto nas igrejas as mulheres eram exortadas a “não andarem segundo o curso deste mundo”, entenda-se com isso que elas deveriam ter uma forma de vestir austero, a televisão estimulava a moda e o consumo. Se considerarmos que nas igrejas pentecostais de usos e costumes o ato de ataviar das mulheres bem como o de uso de cosméticos era francamente proibido, e passível de disciplina eclesiástica, ou mesmo exclusões, se considerarmos essa realidade nessas igrejas, então o ato de assistir as novelas tão populares nos anos 70 tornava-se uma ameaça e uma geradora de conflitos nas famílias de igrejas conservadoras.

A revolução de costumes iniciada nos anos 60 entrava nos anos 70 e era amplamente coberta pela televisão, a moda e a linguagem difundida nas grandes metrópoles do primeiro mundo de imediato era absorvida em países do terceiro mundo, idéias vanguardistas e libertadoras, principalmente no que tange sexualidade passaram a ser conhecida e debatida nas sociedades mais conservadoras. Tabus um a um começam a cair, e mesmo sob censura de alguns governos algumas idéias progressistas alcançam as massas, sempre com o auxilio da criatividade daqueles que compreendiam a urgência de mudanças de costumes nas sociedades em que estavam inseridos. Assim sendo a televisão como o cinema, era francamente uma ameaça a igrejas cuja missão consistia em manter intactos valores até então inquestionáveis como família e tradição. Isso era reforçado pelo hábito de se buscar no texto sagrado a autoridade para legitimar o discurso[4].

A televisão era a pauta das mensagens vindas dos púlpitos, as criticas e sentenças não eram nada sutis, eram diretas. A televisão nesse momento não era mais um objeto a ser desejado pelos consumidores, ou artigo importante dentro de um lar a televisão era do ponto de vista do pentecostalismo conservador e clássico uma antítese da mensagem evangélica. Um elemento que colabora para essa postura é a posição quase pontificial dos pastores junto as suas igrejas, isso por que a fala de um pastor pentecostal é quase lei.
“...A palavra dos dirigentes se impõe aos seus fieis, vale como lei e deve ser cumprida. A base para tal postura, alem dos dons, é também a interpretação literal da Bíblia (sem levar em conta o contexto em que foi escrita). O poder nas Igrejas pentecostais é exercido de forma radical e verticalizada, o que difere em parte das Igrejas protestantes históricas...”[5]

Não é apenas na concepção da origem e natureza do poder que o pentecostalismo clássico dos anos 60 e 70 diferenciava-se da cultura secular, as concepções em relação ao papel da mulher e a importância dessa também eram claramente conflitantes com o que a cultura “mundana” propagava, e que estava claramente estampada nas telas dos aparelhos de televisão[6].
“... As interpretações de passagens bíblicas favorecem a hegemonia masculina sobre o sexo feminino, seja no interior ou na direção das Igrejas pentecostais. As cartas paulinas, de forma especial as destinadas aos coríntios, dão a base para uma forma especial as destinadas aos coríntios, dão a base para uma suposta superioridade do homem. É claro que estas passagens têm sido relidas e revisadas por teólogos e teólogas preocupados com o engajamento a mulher nas atividades eclesiásticas. Mas no caso do mundo pentecostal prevalece a leitura sem sua posterior contextualização (...) A maioria das mulheres é relegada a segundo plano, tanto no aspecto de direção quanto nos trabalhos regulares. Já entre os protestantes tradicionais, o espaço para a atuação da mulher é um pouco maior...”[7]

Mas a pouca disposição em dialogar bem como o caráter impositivo das lideranças pentecostais logo provocariam um fenômeno bem característicos entre os pentecostais, a cisão. Já nos anos 50 conflitos entre personalidades fortes de igreja pentecostais principalmente as AD, desencadeariam a saída de lideres que tomavam a iniciativa de formar outras igrejas[8]. Entre 1953 e 1956 surgiriam igrejas sem muita expressão nacional, mas que regionalmente eram estruturas que garantiriam a visibilidade de seus lideres, como Igreja Evangélica do Espírito Santo, Igreja Evangélica Independente, Igreja Cristã Pentecostal da Bíblia no Brasil. Esse fenômeno só se intensificaria nos anos seguintes e seria continuado nos anos 90 com a consolidação do neo-pentecostalismo.

Desta forma definitivamente o pentecostalismo se fechava em si mesmo e se tornava um agrupamento hermético e sem unidade. A mídia era identificada como inimiga e um arauto do anti-Cristo. Oficialmente em 1957 a Convenção das Assembléias de Deus proíbe todos os fieis da denominação de terem televisão em casa[9]. Contudo alguns segmentos do pentecostalismo que tiveram a sua origem no EUA e não estavam sujeitos ao discurso conservador do pentecostalismo clássico brasileiro, passaram a se inserir nas rádios, como foi o caso da Igreja Evangelho Quadrangular.

Harold Williams Raymond Boatright nos anos 50 iniciam um novo paradigma de igrejas pentecostais. Promovendo a Cruzada Nacional de Evangelização esses dois ex-atores do cinema americano movimentam massas através da mensagem de cura divina e tendo como espaços as tendas de lonas. Nesse mesmo momento as emissoras de rádio começam a ser utilizadas pela Igreja do Evangelho Quadrangular, resultado da CNE[10].

Também a utilização do rádio era um tabu para igrejas como AD e CCB, logo assim que a IEQ começa a ostensivamente aparecer no rádio estabelece-se um conflito entre esses dois paradigmas de evangelismo e proselitismo, enquanto a AD utilizava-se de campanhas, a CCB do evangelismo pessoal, a IEQ se apresentava com abordagem midiática que divulgava junto a população de modo geral das suas cruzadas[11]. Essa atuação da IEQ seria seguida com sucesso pelo Pastor Manuel de Mello, a frente do “Brasil para Cristo”. Já na segunda metade dos anos 50 as campanhas da CNE já haviam despertado interesses de lideranças das Assembléias de Deus, que seguiriam Manuel de Mello[12].

O publico alcançado pelo Brasil para Cristo tinha o mesmo perfil das demais igrejas pentecostais, era composto de retirantes e operários. A mensagem com forte ênfase na atualidade dos dons e da imanência de Deus na vida da gente simples. Dessa forma o BPC, passaria a ser uma alternativa aos evangélicos pentecostais que não se ajustassem aos rigores do legalismo das Assembléias de Deus, da Congregação Cristã e da Deus é Amor que surgiria mais tarde.

Pode-se com relativa segurança supor que juntamente com a IEQ a IBPC contestariam o estereótipo de fiel obediente a usos e costumes. O rigor ascético do setor mais conservador do pentecostalismo foi colocado em dúvida, e junto com ele as convicções de que tudo que era secularizado era uma ameaça a existência da Igreja. Rapidamente vozes seriam questionariam a validade das ameaças.

O estilo jovem a liturgia arejada e a assimilação da estampa norte-americana assumida pelos missionários e membros da IEQ abririam espaço para que costumes fosse repensados na vida cristã e com isso uma maior tolerância do pentecostalismo junto aos meios de comunicação, a principio do rádio, mas mais tarde da televisão[13].

A “Deus é Amor” uma das mais rígidas e conservadoras igrejas do meio pentecostal se utilizaria do rádio no início dos anos 60, o BPC já estava na década anterior. O programa “A voz da libertação” seria um dos maiores instrumentos de divulgação do ministério do Missionário Davi Miranda. O rádio ainda seria responsável pelo surgimento e consolidação da Igreja de Nova Vida. Esta igreja nascia de maneira singular, através do rádio, e se apresentaria junto a sociedade de forma ainda não vista até então.

A Igreja de Nova Vida do Bispo McAlister seria uma igreja que atendia a classe media, com uma mensagem pentecostal e carismática, em cujo discurso era perfeitamente compatível com os valores urbanos, algo relevante se considerarmos que a sociedade brasileira dos anos 60 e 70 estava em franca urbanização[14]. Assim sendo os precedentes para o uso relativamente bem sucedido do rádio estavam devidamente afirmados. A mídia ao poucos seria considerada como uma possibilidade pela maioria esmagadora dos evangélicos. Contudo a televisão ainda estava distante, ora pelo custo de uma programação, ora pelas convicções de costumes de alguns setores.

As primeiras inserções na mídia televisiva aconteceriam entre os batistas na televisão Gazeta com o programa “Um pouco de sol”[15]. Poucas igrejas se aventurariam a o investimento que a tv exigiria, a viabilidade dessa necessariamente exigiria uma malha de igrejas que tivessem um caixa único. Esse foi o método de arrecadação e gerenciamento de recursos financeiros que permitiriam que alguns grupos de pentecostais, os de origem não clássica, viessem a acessar os veículos de televisão[16].

Mesmo com essas dificuldades ainda nos anos 60 os pentecostais poderiam ver a sua pregação sendo exposta em um aparelho de televisão, uma vez que o Bispo McAlister ingressava na TV Tupi. Essa iniciativa seria decisiva na formação dos seus auxiliares que até então o seguiam e que mais tarde também se utilizariam da televisão para divulgação de suas igrejas[17].


[1] ALENCAR. Gedeon. Protestantismo Tupiniquim. Arte Editorial. P.23
[2] FRESTON. Paul. Breve Historia do pentecostalismo brasileiro. ANTONIAZZI (org.). Nem anjos nem demônios. Vozes. São Paulo. P.84
[3] CAVALCANTI. Robson. A Igreja, o país, e o mundo: desafios a uma fé angajada.
[4] GONDIM. Ricardo. É Proibido. Mundo Cristão. P. 104-105
[5] CAMPOS. Luis de Castro. Pentecostalismo Sentidos da Palavra divina. Ática. 1995. P.84
[6] FRESTON. Paul. Breve Historia do pentecostalismo brasileiro. ANTONIAZZI (org.). Nem anjos nem demônios. Vozes. São Paulo. P.86-87
[7] CAMPOS. Luis de Castro. Pentecostalismo Sentidos da Palavra divina. Ática. 1995. P.85
[8] FRESTON. Paul. Breve Historia do pentecostalismo brasileiro. ANTONIAZZI (org.). Nem anjos nem demônios. Vozes. São Paulo. P.88
[9] CAMPOS. Leonildo. Evangélicos e Mídia no Brasil. Um acerto e desacertos. Revista de Estudos da Religião. Setembro/2008. P. 15
[10][10] FRESTON. Paul. Breve Historia do pentecostalismo brasileiro. ANTONIAZZI (org.). Nem anjos nem demônios. Vozes. São Paulo. P.113-115
[11] Ibdem. P. 103-106
[12] MENDONÇA. Antonio Gouvêa. Introdução ao Protestantismo no Brasil. Loyola. 2002 P.53
[13] ALENCAR. Gedeon. Protestantismo Tupiniquim. Arte Editorial. P.50
[14] CAMPOS. Leonildo. Evangélicos e Mídia no Brasil. Um acerto e desacertos. Revista de Estudos da Religião. Setembro/2008. P. 11
[15] CAMPOS. Leonildo, Teatro, Templo e Mercado. UMESP. São Bernardo do Campo, 281-282
[16] CAMPOS. Leonildo. Evangélicos e Mídia no Brasil. Um acerto e desacertos. Revista de Estudos da Religião. Setembro/2008. P. 10
[17] SANTANA. Luter King de Andrade. Religião e Mercado: A mídia empresarial-religiosa. Revista de Estudos da Religião. nº 1. 2005, P.57
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