30 de mar. de 2013

A QUEM A BANCADA EVANGÉLICA REPRESENTA?



Ainda que algumas pessoas pensem o contrário, a bancada evangélica não representa os evangélicos, não representa o Evangelho, a maioria com algumas poucas exceções, representam sim os interesses dos “Barões da fé”, estão lá unicamente para garantir concessões de emissoras de rádios para algumas famílias que confundem “suas igrejas” com negócios particulares.


A bancada evangélica não representa o crente médio, trabalhador, dizimista, de bom testemunho, antes é a garantia de que o fisco não vai importunar mega-igrejas que movimentam as vezes mais de meio-milhão de reais num final de semana em nome de Deus, mas que são incapazes de promover um programa de auxilio junto a órfãos e viúvas e imigrantes, como diz a Bíblia.


A bancada evangélica não me representa, nem representa a VOCÊ, ela representa o interesse de gente que se eterniza no poder de suas catedrais e que garantirá que seus filhos ali permanecerão. Esta bancada, definitivamente não me representa, e não representa a família também.

 

Este discurso de “defesa de família” não é outra coisa senão discurso demagógico com proposito de pressionar o evangélico desavisado a cometer “suicídio intelectual” e assim entregar da forma mais barata possível seu voto, é gente que quer impor valores a não-crentes, valores que eles mesmos são incapazes de viver, como podem constatar as ex-mulheres de alguns deles. Sim, porque este discurso de família dura até que a primeira amante apareça com um filho no colo pedindo reajuste da pensão alimentícia.


Claro que devemos orar por nossas autoridades, e principalmente se estas autoridades ocupam nossos púlpitos e se assentaram no poder com nossa ajuda. Sim vamos orar por eles. Assim sendo encontrarei um minuto para orar por eles, afinal já o faço pelas minhas ovelhas que moram na favela, pelas mães da igreja que sofrem pelos filhos presos, pelos esposas que pedem por seus maridos desempregados, alguns deprimidos caídos no alcoolismo, sim, orarei pelos que sofrem, assim como orarei pelos que AJUDARAM A GERAR alguns destes sofrimento.


Mas orarei também pelos crentes, que comprometeram seu chamado com a verdade em troca da defesa incondicional e corporativa de suas sinagogas, tornando-se indiferentes com a justiça, e transformando suas igrejas em confrarias de sócios em negócios espúrios.


Que AQUELE que nunca aspirou o poder humano, e sempre renunciou a pretensões de uma cadeira no Sinédrio, de trono no Palácio, uma estola no Templo, nos ensina a renunciar todo desejo de poder com interesses excusos.
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